Escola de Atenas - Rafael Sanzio

terça-feira, 30 de março de 2010

Antígona, Hémon e a democracia grega

A peça Antígona, de Sófocles, é uma das mais importantes armas literárias de defesa da democracia e de crítica ao arbítrio dos reis e dos soberanos que não respeitam a vontade dos cidadãos ou súditos, só dando ouvidos a seus próprios argumentos, reagindo apenas a seu arbítrio. Creonte, tio de Antígona, debate com seu filho, Hémon, sobre os motivos da condenação de sua noiva e prima. A discussão coloca em questão as contradições entre o Direito Natural e o Direito Positivo, além de revelar as críticas de Hémon à gestão de seu pai, que ao negar dar ouvidos às tradições e condenar Antígona à morte, expressa seu arbítrio, contrário aos princípios democráticos gregos. Assim como Sócrates, Antígona e Hémon morrem assassinados, reafirmando a fragilidade os princípios despóticos e arbitrários do Estado governado por uma só cabeça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário